Introdução
Influência religiosa
O samba e a capoeira
Durante o período da revolução de 30, os próprios núcleos de cultura negra se movimentaram para ganhar espaço. A criação das escolas de samba no final dos anos vinte já representara um passo importante nessa direção. Elas, que durante a República Velha foram sistematicamente afastadas de participação do desfile oficial do carnaval carioca, dominado pelas grandes sociedades carnavalescas, terminaram sendo plenamente aceitas posteriormente. No rastro do samba, a capoeira e as religiões afro brasileiras também ganharam terreno. Antes considerada atividade de marginais, a capoeira seria alçada a autêntico esporte nacional, para o que muito contribuiu a atuação do baiano Mestre Bimba, criador da chamada capoeira regional. Tal como os sambistas alojaram o samba em "escolas", Bimba abrigaria a capoeira em "academias", que aos poucos passaram a ser freqüentadas pelos filhos da classe média baiana, inclusive muitos estudantes universitários.
A arte africana envolve um espectro diferenciado, desde representações em pinturas, esculturas e objetos ornamentais de uso permanente e cotidiano para comemorar os ancestrais, cultuar as forças naturais, invocar forças vitais, propiciar boas colheitas, até objetos em geral que acompanham os ritos, as danças e as cerimônias religiosas em sua ampla gama de singularidade.
A influência africana na Língua Portuguesa
Por quase trezentos anos, o Brasil recebeu milhares e milhares de africanos, aqui trazidos como escravos para o trabalho rural ou na mineração. Vieram negros de praticamente toda a África, mas deles destacam-se dois grandes grupos: o guineano-sudanês e o banto. Esses povos falavam muitas línguas, das quais quatro exerceram razoável influência na nossa. Do primeiro grupo, podemos mencionar o iorubá ou nagô (Nigéria) e o eue ou jeje (Benim). Do segundo, o quimbundo (Angola) e o quicongo .(Congo). Uma série extensa de palavras oriundas dessas línguas incorporaram-se ao nosso léxico, especialmente as relativas a:
· Divindades, conceitos e práticas religiosas , ainda hoje utilizadas na Umbanda, Quimbanda e Candomblé - Oxalá, Ogum, Iemanjá, Xangô, pombajira, macumba, axé, mandinga;
· Comidas e bebidas (muitas delas se popularizaram na nossa culinária, notadamente na baiana) - Quitute, vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, farofa, quindim, canjica e possivelmente cachaça;
· Roupas, danças e instrumentos musicais - Tanga, miçanga, caxambu, jongo, lundu, maxixe, samba, marimba, macumba (antigo instrumento de percussão) , berimbau;
· Animais, plantas e frutos - Camundongo, caxinguelê, mangangá, marimbondo, dendê, jiló, quiabo;
· Deformidades, doenças, partes do corpo - Capenga, calombo, caxumba, banguela, bunda.
Negros trouxeram gosto por novos temperos e habilidade de improvisar receitas, misturando ingredientes europeus e indígenas. A escravidão deixou marcas indeléveis, em sua grande maioria negativas, na trajetória socioeconômica do Brasil. No que diz respeito ao legado cultural, porém, uma das heranças mais importantes da inserção dos negros na sociedade está na gastronomia. A influência africana na dieta do brasileiro possui dois aspectos. O primeiro diz respeito ao modo de preparar e temperar os alimentos. O segundo, à introdução de ingredientes na culinária brasileira. Nos engenhos de açúcar, para onde foram levadas, as cozinhas eram entregues às negras. Responsáveis pela alimentação dos senhores brancos e com a necessidade de suprir sua própria demanda, os negros passaram a adaptar seus hábitos culinários aos ingredientes da colônia. Na falta do inhame, usaram a mandioca; carentes das pimentas africanas usaram e abusaram do azeite-de-dendê, que já conheciam da África. Adeptos da caça incorporaram à sua dieta os animais a que tinham acesso: tatus, lagartos, cutias, capivaras, preás e caranguejos, preparados nas senzalas. O modo africano de cozinhar e temperar incorporou elementos culinários e pratos típicos portugueses e indígenas, transformando as receitas originais e dando forma à cozinha brasileira. Da dieta indígena, a culinária afro-brasileira incorporou, além da essencial mandioca, frutas e ervas. O prato afro-indígena brasileiro mais famoso é o caruru. A vinda dos africanos não significou somente a inclusão de formas de preparo e ingredientes na dieta colonial. Representou também a transformação da sua própria culinária.
Conclusão
Basta sairmos nas ruas para vermos como a cultura negra influência em nossa vida. Seja num restaurante, onde a culinária afro, é muito popular, numa casa noturna, através dos ritmos africanos. Nas praças através da capoeira, através da religiosidade, e sem falar nos termos e verbetes que abundam nos dicionários.
Respeitar as diferenças é um dos princípios básicos da democracia. Cada povo, cada raça, cada cultura tem identidade própria, peculiaridades que resistem à globalização da economia e da comunicação. A construção de uma sociedade mais justa e feliz ocorre no cotidiano das pessoas com a prática de atitudes positivas em todas as relações humanas, sejam elas familiares profissionais ou comunitárias.
Bibliografia
http://www.portalafro.com.br/arteafricana.htm
http://www.culturanegra.com.br/
8 comentários:
muito sábio o texto, muito interessante, me ajudou muito! sinto me feliz em encontrar pessoas sábias, parabens pelo escritor do texto e pelo site..
Ajudo muito eu fis um resumo basico em partes q não foram precisas no meu trabalho mais o texto esta otimo parabens vc tem um dom para escrever.
estou fazendo um trabalho de historia e isso me ajudou bem!!!
O ruim é que vou ter que copiar tudo isso mas ajudou muito bem,no meu trabalho de história para um cartas :)
muito bem
Sou professora e precisava de um texto para trabalhar com os meus alunos.O seu texto era tudo o que eu procurava.Muito bom,ajudou-me bastante. Obrigada!
Vdd
Vou ter q copiar isso td pra fazer um trabalho de historia :((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((
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